Advogado quer que Macarrão faça exame para saber se ele é gay


UOL Notícias
O advogado do goleiro Bruno Souza afirmou que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do atleta, teria levado Eliza Samudio para ser assassinada em razão de ter nutrido ciúme dela e por ter desenvolvido sentimento de ´amor´ ao atleta. O motivo mais forte, elencado por Rui Caldas Pimenta para sustentar a sua tese, seria a tatuagem que Macarrão fez nas próprias costas em homenagem ao goleiro.

´Você já viu um homem gravar (na pele) uma prova de amor como essa a um amigo? Eu estou com 70 anos e nunca vi. Isso é atípico. E, se é atípico, tem um desvio qualquer nisso. É estranho um homem fazer uma declaração de amor a outro como a que ele fez para o Bruno´, disse Pimenta, aludindo a uma tatuagem que Macarrão carrega nas costas e na qual está escrito: ´Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro´.

O advogado disse que Macarrão sentia ciúme de Eliza Samudio e ajudou na morte da modelo, com quem o goleiro teria um filho, para ´agradar´ o jogador. Pimenta ainda afirmou que Luiz Henrique deveria se submeter a exames psiquiátricos forenses para tentar definir a sua preferência sexual.
Segundo a Polícia mineira, a modelo foi executada em junho de 2010 pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em sua casa, localizada na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela teria sido conduzida ao local por Macarrão e por dois primos de Bruno.

´O Bruno não gosta, mas parece que ele (Macarrão) tem essa tendência (homossexual). Ele quis, na realidade, agradar o Bruno, ele quis fazer uma surpresa para ele, ou, quando muito, tinha ciúme porque a Eliza poderia estar tomando o seu lugar na cabeça do Bruno´, teorizou.

Ele afirma que seu cliente não tinha motivo para matar a ex-amante, desaparecida desde junho de 2010. Por determinação da Justiça de Minas Gerais, Bruno e mais sete réus vão a júri popular, ainda sem data definida pelo sumiço da moça.

´Ele nunca admitiu ter concorrido para a morte dela. Ele não tinha interesse nenhum nisso. Ele era goleiro de um dos times de maior torcida do Brasil, que ganhava um bom salário e tinha proposta para jogar na Europa. Ele disse a mim que o Macarrão jamais deveria ter feito isso com ele´, afirmou.

Por conta disso, o advogado afirmou que pretende desmembrar o julgamento para o goleiro ser julgado em separado dos demais. Rui Pimenta disse que entrou com recurso especial extraordinário, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, contra a sentença de pronúncia, que os levou ao júri popular, dada pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), em dezembro de 2010.

´Os responsáveis têm de pagar por esse crime. Os réus que realmente perpetraram esse crime que paguem por ele. Se o Bruno for julgado em separado, ele tem chance de ser absolvido´, vislumbrou.

O advogado disse que aguarda o julgamento de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) por ele e pelo outro defensor de Bruno, o advogado Francisco Simin, para que o cliente possa aguardar em liberdade o desenrolar do processo.

´Que culpa tem o Bruno de ter tido um secretário com a cabeça desviada e que cometeu um ato insano desses?´, questionou.

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